sábado, 16 de julho de 2011

Bate Coração...

Elba Ramalho a muitos anos atrás tinha uma canção em seu repertório que dizia assim "Oi, tum bate coração... Oi, tum coração pode bater... Oi, tum, tum, tum, bate, coração... Que eu morro de amor com muito prazer". Bom a expressão morrer de amor na época do Romantismo também era muito difundida entre os poetas, uma metáfora para os amores impossíveis ou que terminavam tragicamente. Pois bem, morrer de amor é tão improvável de acontecer do que viver de amor, senão seria muito fácil, nos apaixonaríamos, começaríamos a amar um ao outro e "zaptt” todos os problemas terminariam. Na realidade não é assim, como todos sabe -  aliás creio que a confusão estaria armada se isso acontecesse. 

O encontrar de olhares, a boca seca, aquele friozinho na barriga, um arrepio que desce as costas (e mesmo com uma temperatura de 8° podemos afirmar que ele não foi de frio)... quem de nós não sentiu essas sensações ao menos uma vez na vida?! É o amor dando seus primeiros sinais vitais... E aquela vontade louca que o celular toque ou que pelos menos uma mensagem dizendo "Oi meu amor, estou pensando em você, te adoro!" chegue ao aparelho. Acham que estou brincando? Só quem nunca amou ou não está amando é capaz de achar que é uma brincadeira. O restante sabe que digo algo verídico.

Em junho comemoramos o Dia dos Namorados ...  posso estar enganada, mas deveria ser comemorado o Dia do Amor. Afinal mesmo depois de anos juntos, um casal deveria sentir ainda muito amor um pelo outro, mesmo que este já tenha sido modificado pelo tempo e obstáculos que a vida impõe. Saudar o amor é algo sublime, mesmo que nem sempre possamos ter ao nosso lado aqueles que amamos seja pela distância que torna os encontros em intervalos maiores (não menos prazerosos, no entanto) ou por outros motivos quaisquer e nestes casos a saudade será nossa fiel companheira. 
 Aliás, saudade vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), mas este sentimento é usado para designar quando sentimos falta da presença física de alguém, do que vivemos e queremos repetir dentro em breve. E também quando perdemos alguém querido e sabemos que teremos apenas a lembrança para nos ajudar a seguir a caminhada. Em todos os casos, quando este sentimento  acontece em nossa vida, pode esperar que como diz a gíria "o babado é forte" e se ainda não é amor, está encaminhando para se tornar. 
 
Nosso coração precisa desse "batucar" incessante que o amor nos proporciona essa descarga forte de adrenalina que faz nosso sangue ferver. Amar e ser amado é o que todos querem e buscam ao longo de suas vidas. Deus não nos criou para o ostracismo, para vivermos isolados. Ao contrário, ao nos presentear com a fala como um dos meios de nos comunicarmos, interagirmos com as pessoas, nós nos abriríamos às amizades e aos amores  e tudo isso já faziam parte dos projetos dele. E o ser humano continua nessa constante busca pela felicidade ao lado do ser amado (a). Não que eu esteja dizendo que é infeliz aquele que faz a opção por permanecer sozinho, apenas que é uma dádiva quando encontramos alguém que tem os mesmos anseios que a gente, que pensa parecido mesmo quando quilômetros de distância nos separam. Enfim como dizem: "Um sonho sonhado sozinho é um sonho... um sonho sonhado junto é realidade".
Marcia Canêdo
Imagens: Google

Um comentário:

  1. Marcia,

    Nesse encontro em que os olhares se cruzam é que há a forte batida acelerada do coração...

    Sem batimento cardíaco não há emoções...

    Belo seu texto de batida de coração nas ALMAS HUMANAS.

    Beijos

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